Não é possível rotular Freddie Mercury como cantor lírico baseando-se em sua capacidade vocal, que apesar de extraordinária, apresenta em grande parte a roupagem – por vezes lisa, por vezes áspera – do rock. Mas é sim possível colocá-lo neste patamar, se nos detivermos em certos parâmetros claramente notados em suas composições.
Em outras palavras, se a roupagem da voz de Freddie não tem “cara de ópera”, suas músicas muitas vezes estruturam-se na liberdade operística. É exatamente graças à influência da música operística que os maiores sucessos do Queen (compostos por Freddie), são acusados – no bom sentido – de romperem lindamente com as estruturas do rock, tomando rumos inusitados e muitas vezes de cunho narrativo.
Vamos tentar perceber esse aspecto tão significativo de suas músicas, sob dois prismas bem distintos, mas que levam ao mesmo raciocínio:
-Primeiro, a quebra da estrutura convencional rock:
http://www.youtube.com/watch?v=Db65ZsVsLWo&feature=related
-Segundo, numa canção mais convencional, em parceria com a cantora lírica Montserrat Caballé:
http://www.youtube.com/watch?v=mvZGgbF43H8
Bom proveito!