quinta-feira, 13 de novembro de 2008

#51 - Três são demais


O jazz não é só um estilo musical refinado, consagrado, mas também é um gênero que tem sua execução aparentemente subordinada sempre a músicos de alto nível técnico e acuidade.

Por que então o jazz é o estilo que tem recebido críticas das mais ácidas, principalmente quanto ao quesito “inovação”? Muitos têm afirmado que o jazz parou no tempo, que sobrevive de antigos temas e que as novas idéias continuam ser afogadas pelas entusiásticas improvisações, em que os músicos mostram sua técnica e quase sempre esquecem do mais importante: a idéia musical.

Fica fácil captar melhor essa idéia de mesmice quando nos deparamos com algo como o “The Bad Plus”. Trata-se de um trio de jazz absolutamente surpreendente, e isto é facilmente notado graças à clara prioridade que o grupo dá à idéia principal de cada música, bem como à estrutura que a rodeia. As viagens solísticas egocêntricas ficam em segundo plano.

O “The Bad Plus” prioriza a música, e não o músico. O resultado é uma sonoridade envolvente, imprevisível, e por incrível que pareça: muito simples.

O trio formou-se em 2000 pelo pianista Ethan Iverson, o baixista Reid Anderson e o baterista Dave King, e é famoso por criar, além das músicas próprias, versões de músicas pop e rock (como Queen, Radiohead, Tears For Fears etc..).

Aí vão três maravilhosas obras originais do “The Bad Plus”:

-“Anthem For the Earnest”:
http://www.youtube.com/watch?v=lb-bJlxXDbs

-“Physical Cities”:
http://www.youtube.com/watch?v=81YcNs82kyA&feature=related

-“Dirty Blondie”:
http://www.youtube.com/watch?v=04g1aFNoBZs&feature=related

Bom proveito!

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